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O meu pai está calmo e a minha madrasta também, agem como se nada fosse. A minha avo está tranquila apesar de todo o sofrimento que eu sei que isto lhe está a causar por dentro. As minha irmãs continuam com as suas vidas normais como se nada fosse. E eu não compreendo isso, eu com a idade delas só de pensar em ficar uma semana longe já achava uma eternidade e chorava baba e ranho. Não compreendo, como é que só eu no meio de todos eles só me apetece gritar e chorar.
Por vezes vale a pena mentir, por noites como aquela que passamos, irá sempre valer a pena. Sabes bem que estava mesmo a precisar, precisava de uma noite, um momento, um bocado como aquele que se passou para poder arranjar forças para agora estar aqui nesta casa para me poder despedir. E não deitar nem uma lágrima à frente de ninguém. Apesar de continuar a ser doloroso, tenho estado desde manhã a fazer um esforço enorme para não desatar a chorar e até agora tenho conseguido.
tenho muito medo, do dia de amanhã e do fim de semana que se aproxima. Vai ser a despedida, vai ser a dolorosa despedida. E eu simplesmente ainda nem me mentalizei, ainda não me sinto minimamente preparada. Sim é verdade, eu era a menina do papá, à muito tempo era, hoje apesar de já não ser e de estarmos com uma relação bastante diferente, o sentimento é igual e tu és o meu pai, o pai que eu tanto amu e idolatro.
Passo o desafio a quem o quiser levar.
obrigado meu amor, pelo dia de ontem. Por me teres secado todas aquelas lágrimas que insistam em não parar.
soube ontem que te vais embora de hoje a uma semana. E doí tanto, doí tanto cá dentro, é mais que uma simples dor. É algo que corroí por dentro, destroça-nos aos bocados. Sim, é verdade que sei que voltas, que França não é o fim do mundo. Mas é o meu pai, o meu adorado pai e por mais distantes que estejamos um do outro nos últimos anos o amor que sinto por ti é infinito. Tu sabes, eu sei que tu sabes pai, meu pai.
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