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E hoje para terminar bem o ano vou mudar de look, cortar o cabelo fazer franja novamente e muito mais curto visto ter as pontas muito estragadas. Para logo à noite tudo pronto, vestido comprado, bebidas compradas, jantar e ceia orientados (apesar de ir passar longe da terrinha, há Praia da Vieira, mais alguém?), tudo combinado. E aí desse lado tudo pronto para dizer adeus ao ano velho? Boas entradas e um 2015 com tudo aquilo que mais desejam.
Eu e o A. fizemos as pazes, depois de muitas lágrimas, desencontros e discussões. Depois de uma conversa sobre o futuro, sobre aquilo que ele estava disposto a fazer por mim e por nos, e essencialmente por ele! Passou uma semana, pouco mais que isso... Até agora tudo muito lindo, tive direito a que me levasse a mala sempre que pedia, a que me abrisse a porta do carro, e pronto pouco mais que isto de romantiquices não é com ele. Na sexta pedi para ir ao cinema ver o Hobbit, não fomos, nem no sábado, nem no domingo, nem hoje. E acham que não é assim tão óbvio que eu estou chateada? Porra. Para piorar ontem tinha-me dito que hoje íamos buscar a minha prenda da natal e eu mega entusiasmada já que adoro receber prendas e sabia que seria uma das coisas que eu já queria à imenso tempo. Ainda por cima o casaco eu sabia que tinha estado esgotado durante imenso tempo mas ele a insistir que tinha visto online que estava disponível numa loja da zona, claro nem me preocupei em confirmar, hoje a faltar um bocado para irmos fui confirmar visto ainda serem uns bons quilómetros e para a viagem não ser assim em vão. Boa! As botas até agora vias numa única loja e tinham defeito... Odeio que deixem estas coisas para a última da hora. Uma prenda é para ser dada com amor, algo que sabemos que a outra pessoa precisa e vai gostar. E não assim às três pancadas, só porque lhe disseram escolhe "entre isto ou aquilo" porque é o que gosto. Gostava de um dia ter alguém na minha vida que me conhecesse tão bem que não fosse preciso dizer nada e me surpreende-se, assim simples. Mas não é e alguém assim é raro.
Estas duas últimas semanas foram dificies, não vou falar da escola com as horas infindáveis na cozinha e mais não sei quantas coisas para fazer e acabar.
Porque a par disso, eu e o A. chateamo-nos, daquelas brigas mesmo feias. Ao ponto de lhe virar costas e lhe ter deixado a aliança no banco do carro, tentando assim deixar tudo para trás. Mas não deixei. Obvio, não é simples assim. Disse tudo o que pensava e tinha guardado. Disse-lhe que até que ele não crescesse e mudasse a mentalidade não iria dar. Porque estou cansada de namorar com uma criancinha de 24 anos. Mas claro, uma relação de 4 anos e não sei quantos meses não é fácil de terminar assim, vivi tanto, sorri tanto e chorei outro tanto. Mais dificil ainda, não estavamos a separar-nos por já não existir amor, mas sim porque não posso continuar com uma relação que acho que não vai resultar por sermos demasiado diferentes, porque acho que ele podia ter feito tanto por mim e simplesmente foi deixando os dias, os meses, os anos passarem e acomodou-se ou acomodamo-nos de tal maneira que... Enfim. Durante os dias seguintes fomos estando juntos, como amigos, só os dois, com os outros. Em minha casa, na rua, num café, num restaurante. Era demasiado, demasiado doloroso. O querer tocar e não poder, o tocar e arrepender, o chamar amor e engasgar, a vontade de beijar reprimida.
Na segunda disse-lhe que estava com saudades para que quando saisse do trabalho viesse ter comigo. E veio... Apareceu-me à frente de tshirt e casaco de verão tal criança mimada que os pais avissam que está frio mas que mesmo assim sai de casa à campeão para se fazer de forte frente aos amigos. Ralhei. Obvio. Eu sei que adorava estar no Brasil, cheia de calor e pouca roupa... Mas não estamos. Gera discussão. E acabar tudo. De vez. Pensei que como sempre faziamos conseguissemos falar em condições passado de umas horas e ao menos uma mensagem como amigos, nada de mais. Mas não. Eu mandei um testamento naquela noite e nenhuma resposta, uma mensagem ontem mais dez chamadas depois de "beber para esquecer" (nota mental: nunca resulta) e nada. Hoje, até agora nada.
Custa tanto. Em quatro anos, nunca houve um único dia em que não falassemos. Foi o fim.
Hoje passei dez horas seguidas na cozinha, estou que nem posso. Porra!
Dizem que quando estamos tristes não nos apetece comer, ou que pelo menos é assim com a maioria das pessoas. Já eu, quando estou triste apetece-me este mundo e o outro. E hoje é esse dia. Por isso enviem para mim bolo de chocolate, feijoada, pringles, pipocas salgadas, chocolates de leite, mcdonald's aos quilos, tartes de maçã, gomas, bolos, francesinhas, milhentas batatas fritas e mais montes de coisas que fazem mal. Apetece-me e para piorar estou sozinha em casa. Acho que algo vai correr mal...
Mas como distinguir quem vale de quem não vale? Ou quando se deve baixar os braços e não lutar mais por muito (, muito) que esse alguém valha a pena?
Hoje esperava tudo. Esperava nada. Tinha um mundo nas mãos, mas essas tremiam e por isso era tão fácil deixa-lo cair. E deixei. Ou melhor, deixamos. Para hoje esperava o teu melhor sorriso, a tua melhor roupa, o teu melhor pedido de desculpas e a minha rosa favorita. Quão fútil isto pode parecer? Por ti, abri mão do mundo e de tudo o que tinha até então. Não recebi nada em troca. Nem uma corrida atrás de mim quando me vim embora... Porque não importa o quanto eu diga vai, não te quero; o que na realidade mais quero é que fiques e corras atrás. Hoje foi um adeus, não sei até quando... Sei que o que mais queria era ter-te aqui deitado ao meu lado, mas não posso, não podemos. Desejo-te uma boa noite e que o futuro se apresse a resolver tudo.
Venha daí um camião carregado de lenços!
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