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Devia de estar a preparar a mala para o estágio ou pelo menos minimamente. Mas nem sei bem para onde começar, já que tenho de fazer a mala para um mês, incluindo coisas para a casa.
Acho que não tenho malas sufecientes para pôr tudo.
Tinhamos comprado a minha aliança à uns meses, mas para além de me ter ficado super larga, já que perdi uns quilos. Descobri que aquilo me aleijava. Esta semana depois de meses a ser adiado, fomos comprar a aliança dele e uma nova para mim. Devia ser um dia feliz, onde estavamos a comprar algo que simboliza o nosso amor, por isso seria pelo menos um dia sem dramas. Não foi! Acabou bem, mas só depois de mais uma mega discussão.
Estou com o A. daqui pouco à cinco anos, é uma vida. Nunca pensei que as coisas chegariam até aqui. Nem sempre foi fácil, o amor nem sempre é fácil. Mas chegamos... Bem ou mal. Em 2010 eu era uma miúda, a entrar para o 10º, que pouco pensava pela minha própria cabeça, imaginava-me longe desta cidade daí a três anos logo após concluir o secundário e era só isso que me interessa. Isso e ele.
É que sabem no ínicio é tudo maravilhoso, não existe bate pé, nem amuos... Dissemos sempre que sim, mesmo que a nossa vontade seja gritar que não. E eu fui assim durante muito tempo. E quando um dia começamos a impor a nossa vontade as coisas mudam. Quando um dia começamos a exigir que outra pessoa nos dê mais que apenas a sua presença, algo pode correr mal. E têm sido isto que têm acontecido nos últimos meses, disse ao A. que precisava mais dele, de uma surpresa, de um gesto largo... De algo para quebrar a monotomia em que a nossa relação se tornou. Perguntam-se, porque não faço eu? Porque já fiz tanto... Sempre eu, quando fazemos algo diferente sou eu que tenho de pensar em tudo. E acho que por uma vez podia ser ele. As desculpas vão variando do não tenho ideias, não sou romântico, não tenho dinheiro, não tenho sitio. Bolas! Eu não lhe pedi para me comprar uma viagem a Paris e me pedir em casamento em cima da torre eifel. Nada disso. Mas que fizesse algo, dei lhe tudo, ideias, sitios, dias para fazer. E nada aconteceu.
Fico a pensar se será que a culpa é minha? Amo-te A., por favor acorda para a vida!
Tinha dito ao A. que queria uma francesinha, daquelas que ele sabe o quanto eu gosto. Em vez disso fomos ao rodízio de pizza, claro que também nunca se diz que não e saí de lá a jurar que não comia nada nos próximos meses, mentira claro, nem uma semana depois não paro de pensar é na dita francesa!
Ultimamente têm sido só pesadelos é que chego a Madrid e não tenho o passe do Interrail, que perco dinheiro, carteira e todos os documentos e cartões pela Europa. É que vou chegar à cidade onde vou estagiar e me esqueci da farda em casa. É tudo a correr mal.
Mas hoje, foi uma daquelas noites em que o sonho estava a ser tão bom que não apetecia de todo sair da cama, nem abrir os olhos. Eu e o A. tinhamos finalmente uma casinha nossa, andavamos felizes e contentes com uma casa completamente vazia onde só queriamos por as coisas ao nosso gosto, claro que assim que pudemos fomos logo lá dormir, limpamos minimamente aquela divisão e enchemos o colchão de ar do campismo, fomos a casa da minha mãe e roubamos-lhe aqueles lençois que ela tem ali à seculos por estrear e fomos ao armazem buscar aquelas loiças que tinhamos comprado aos anos e que estavam guardadas para quando tivessemos a nossa casa (esta parte, não existe kkk, não sei onde o meu subconsciente o foi buscar). Ali dormimos nós felizes e contentes na nova casinha.
Desde hoje ao meio dia, após três exames, filosofia, português e economia. Finalmente férias. Ou melhor preparação psicológica para o estágio, que começa já na próxima segunda.
Ontem saiu um post que escrevi à três anos, bom ver que ainda me mantenho por aqui. Três anos... Bolas, passaram-se três anos. Era uma miuda, os meus objetivos eram maiores do que aquilo, tinha 17 anos, agora tenho 20 a menos de um mês dos 21, na altura a menos de um mês dos 18. Bolas! Estou mesmo a ficar velha.
Agora vejamos continuo a morar com a minha mãe e é ela que paga as contas cá por casa, o mais perto que estive/estou de realizar este "objetivo" é o próximo mês e meio de estágio que vou ter noutra cidade, para o qual andei a juntar dinheiro para casa, comida e tudo o que precisar de por lá comprar. Os meus sonhos não se realizaram, não acabei o secundário que por sua vez não entrei na universidade, voltei ao 10º ano e pronto vocês já sabem a história. Continuo com o A. e ainda é nele que penso todas as noites antes de adormecer mesmo nos dias maus, por isso acho que é um bom sinal. Aquele último desejo? Epa tinha 17 anos...
Espero estar novamente aqui a escrever-vos daqui a três anos, com coisas boas para contar-vos a dizer-vos que finalmente as coisas estão como eu quero, que tenho mil e um planos fantásticos.
Não sei se quando este post sair eu ainda estarei por este blog, se os meus desejos não se teram alterados todos, mas vou deixa-los aqui escritos, se ainda por aqui estiver eu confirmo ou não o que aí está. Para quem não faz ideia sobre o que isto é sobre uma espécie de carta de à 3 anos atrás podem ver este post, pode ser que entendam melhor (:
1º - morar sem os meus pais
2º - ter trabalho e ganhar o suficiente para me poder sustentar
3º - ficar com a pessoa que esteve comigo nesta noite comigo, para sempre
4º - que os meus sonhos se realizem
5º - que os quatro desejos acima se realizem
Primeiro exame feito = primeiro chumbo garantido
Rua acima, rua abaixo. Marchas. Botas de salto alto, má ideia, péssima ideia. Mais de dez quilómetros. Se calhar uns vinte. Bairro Alto. Praça da Alegria. Avenida da Liberdade. Bica. Cais do Sodré. Graça. Baixa. Mais não sei quantos sítios que nem o nome sei. Tudo isto muitas vezes. De um lado para o outro. Baldes de cerveja. Vinte euros no chão à minha espera. Bifanas. Autocarros lotados. Americano bêbado. Santa Apolónia. Comboio. Casa. Até daqui a um ano Santo António!
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