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É, sempre fui para onde fui para onde vos tinha dito. E a noite estava a correr maravilhosamente ou pelo menos correu até por volta da meia noite e meia, quando eu já estava num estado lamentável. Nem sei o que disser sobre isto, a verdade é que não tinha qualquer tipo de intenção em embebedar-me, nenhuma mesmo. Mas foi a meia garrafa de vodka (pelo que me dizem), misturada com o champanhe e depois um licor de nata ou raio. E eu que sei, que se faço misturas a coisa acaba por correr mal. Do que me lembro fiz umas figuras bem ridículas, mas acho que o que me contaram que fiz ainda foi mais ridículo. E bêbeda dá-me para chorar. Chorar, lamentar-me e dizer as verdades. Credo. Mas, posso dizer que à conta disto principalmente o meu namorado, ficou a saber muitas coisas que eu tinha aqui entaladas na garganta. Não foi um começo de ano fantástico, mas espero que ano que já começou seja bom, muito bom.
Este foi sem dúvida o pior ano desde que me lembro. Entre as incertezas que se vivem aqui por casa pela falta de emprego, o meu pai ter emigrado, eu ter chumbado a matemática, as notas dos exames terem sido terríveis e estar a repetir matemática e tirar má nota de novo. Não vale a pena acrescentar mais coisas à lista só as duas primeiras fizeram-me derramar lágrimas até mais não. Por isso este ano, nem escrevi uma lista de desejos como no ano passado, já que nenhum dele se realizou. Só quero uma coisa que este ano que está mesmo aí a rebentar seja melhor do que este que está a terminar.
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